O que é o direito administrativo: saiba do que se trata

Mônica Drummond | 28 de agosto de 2025 às 14:58


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O Direito Administrativo, pelo Direito Administrativo e Licitações, é um ramo do direito público que regula as atividades do Estado e suas relações com os cidadãos, organizações e demais entes que integram a administração pública.

Esta área do direito é essencial para garantir a justiça, o respeito às normas e a troca de direitos e deveres entre a sociedade e o poder público.

Este artigo visa explorar os principais aspectos do Direito Administrativo, sua fundamentação, princípios e a importância no contexto contemporâneo.

Fundamentos do Direito Administrativo

Os fundamentos do Direito Administrativo envolvem a relação entre o Estado e a sociedade, garantindo a proteção dos direitos individuais e coletivos por meio da aplicação de normas e regulamentos que visem ao bem comum.

O Direito Administrativo está intrinsecamente ligado aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, que orientam a atuação da administração pública.

As fontes do Direito Administrativo podem ser classificadas em:

Constituição: a Constituição Federal do Brasil é a norma máxima que rege a atuação do Estado, estabelecendo os direitos fundamentais e as diretrizes da administração pública.

Leis infraconstitucionais: normas elaboradas pelo legislador que complementam e detalham as disposições constitucionais. São exemplos as leis federais, estaduais e municipais que regulamentam a atividade administrativa pública.

Regulamentos e decretos: a produção de normas pela administração pública, que busca detalhar e direcionar a aplicação das leis.

Jurisprudência: as decisões dos tribunais que interpretam e aplicam as normas administrativas, contribuindo para a formação da doutrina.

Doutrina: o conjunto de ideias e teorias criadas por estudiosos e juristas, que analisam e propõem interpretações sobre o Direito Administrativo.

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Princípios do Direito Administrativo

Os princípios que recheiam o Direito Administrativo são a espinha dorsal da administração pública. A seguir, os principais princípios:

Princípio da legalidade: estabelece que a administração pública só pode atuar conforme a lei. Com isso, qualquer ação estatal não pode ir além do que é autorizado pelo ordenamento jurídico.

Princípio da impessoalidade: as ações da administração não devem favorecer ninguém em particular, visando ao interesse coletivo. Este princípio garante a equidade nas relações entre a administração e os cidadãos.

Princípio da moralidade: além de observar a legalidade, a administração pública deve agir de forma ética e justa, promovendo a confiança da sociedade nas instituições estatais.

Princípio da publicidade: todas as ações da administração pública devem ser divulgadas e transparentes, garantindo que a população esteja ciente dos atos praticados pelo Estado.

Princípio da eficiência: a administração pública deve atuar de maneira eficiente e eficaz, garantindo a prestação adequada de serviços e a utilização responsável dos recursos públicos.

Atividades da administração pública

A administração pública exerce uma série de atividades de interesse coletivo e que impactam diretamente a vida da sociedade. Essas atividades podem ser classificadas em:

Atividades de administração direta: envolvem a gestão e execução de serviços públicos diretamente pelo Estado, como a saúde, educação e segurança pública.

Atividades de administração indireta: são realizadas por entidades que atuam como delegatárias do Estado, como autarquias, fundações e empresas públicas. Essas entidades geralmente têm personalidade jurídica própria e são criadas para atender a necessidades específicas da sociedade.

Atividades regulatórias: a administração pública também se ocupa de regular setores e atividades econômicas, garantindo o cumprimento de normas e a supervisão do mercado. Isso inclui a criação de agências reguladoras, que atuam de forma independente no controle e na fiscalização de setores como telecomunicações, saúde e energia.

– Atividades de Planejamento e Implementação de Políticas Públicas: O Estado deve formular e implementar políticas que atendam às demandas sociais, por meio de uma atuação planejada e integrada, que leve em consideração a realidade socioeconômica do país.

Licitações e contratos na Administração Pública

Uma das áreas mais relevantes do Direito Administrativo refere-se à regulamentação das licitações e contratos administrativos. A lei que rege esse tema no Brasil é a Lei nº 14.133/2021, que trouxe uma série de inovações ao processo licitatório.

As licitações visam assegurar a seleção da proposta mais vantajosa para a administração pública, garantindo a transparência e a competitividade no uso dos recursos estaduais. Os principais tipos de licitação incluem:

Concorrência: modalidade em que qualquer interessado pode participar, sendo indicada para contratações de maior valor.

Pregão: usado para aquisição de bens e serviços comuns, na forma presencial ou eletrônica.

Convite: modalidade em que a administração pública convida, no mínimo, três fornecedores.

Tomada de preços: é realizada para contratações cujos valores estejam dentro dos limites estabelecidos pela legislação.

Os contratos administrativos, por sua vez, são acordos firmados entre a administração pública e particulares que têm por objeto a prestação de serviços ou a aquisição de bens. Estes contratos são regulamentados por normas que priorizam o interesse público e a eficiência, estabelecendo direitos e deveres para ambas as partes.

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Fiscalização e controle da Administração Pública

A fiscalização da administração pública é fundamental para assegurar a responsabilidade e a accountability dos atos estatais. Assim, existem diversos mecanismos de controle, como:

Tribunais de contas: órgãos que realizam o controle financeiro e orçamentário da administração pública, fiscalizando a execução das contas governamentais.

Ministério público: instituição independente que atua na defesa dos direitos dos cidadãos e no combate à corrupção, podendo investigar e propor ações judiciais para responsabilizar agentes públicos.

Controladorias: encarregadas de promover a auditoria e fomentar a transparência dos atos da administração.

Esses mecanismos de controle atuam como garantias de que a administração pública atue em conformidade com a legislação e os princípios que regem seu funcionamento, minimizando a possibilidade de corrupção e desvio de recursos.

Importância do direito administrativo na sociedade contemporânea

O Direito Administrativo desempenha um papel crucial na sociedade contemporânea, sendo essencial para a promoção da justiça social e o acesso à cidadania.

Ele garante que o Estado funcione de maneira a respeitar e proteger os direitos dos cidadãos, regulando as ações do governo de forma que sejam justas e apropriadas.

Além disso, em um mundo cada vez mais complexo e dinâmico, as questões administrativas se tornam mais relevantes, demandando uma atuação ágil e eficiente para atender às necessidades da população.

Dentre os desafios contemporâneos enfrentados pela administração pública, destacam-se a necessidade de modernização e digitalização de processos, o combate à corrupção, a promoção da transparência e a busca por eficiência no uso dos recursos públicos.

O Direito Administrativo é um elemento fundamental para a estrutura do Estado e para a manutenção da ordem social. Através de normas, princípios e práticas, ele busca garantir que a administração pública atue de forma ética, responsável e em consonância com os interesses da sociedade.

A conscientização sobre seus direitos e deveres como cidadãos em relação ao Direito Administrativo é fundamental para promover a justiça e a eficácia nas relações entre o Estado e a população.

Em tempos de grandes transformações sociais e tecnológicas, o Direito Administrativo se reafirma como um guia imprescindível nas relações públicas, buscando sempre o equilíbrio entre a eficácia administrativa e a proteção aos direitos dos cidadãos.


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